Nesta segunda-feira (05.04) a Secretaria Municipal de Saúde de Sertânia deu continuidade à vacinação dos povos quilombolas contra a Covid-19. Foram destinadas 80 doses da AstraZeneca para imunizar mais moradores dos quilombos Severo e Riacho dos Porcos, localizados no Distrito de Albuquerque Né. As doses foram aplicadas no território por técnicas de enfermagem do município e cada uma dessas duas localidades recebeu 40 doses. Nesta segunda, os primeiros a receberem a primeira dose da vacina foram os quilombolas do Severo.
“Eu me sinto muito feliz porque isso era o que mais a gente queria. Graças a Deus chegou esse momento. Quero dizer que todos se protejam até chegar a sua vez e também parabenizar a equipe de Saúde da Prefeitura de Sertânia que nos deu muita atenção e nos vacinou com muita responsabilidade”, disse a quilombola Sebastiana Lima de Siqueira, de 24 anos, residente na Comunidade Severo.
Em seguida, a equipe foi para o quilombo Riacho dos Porcos, onde aplicou as outras 40 doses. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) no município, Mayani Ferreira, esse é um momento importante porque imuniza os povos tradicionais. “Essa é mais uma política pública de saúde que acontece nessas comunidades. Outras parcerias já estão sendo construídas em conjunto com a Prefeitura de Sertânia, a exemplo de políticas de seguridade social”, disse.
A primeira etapa de vacinação dos quilombolas foi realizada no dia 26 de março, onde foram vacinadas 120 pessoas. À medida que forem chegando mais vacinas para esse público, a equipe da Saúde vai vacinando. Sertânia é uma das primeiras cidades do Estado a imunizar quilombolas, como aponta o professor Maurício de Siqueira, presidente da Comissão Municipal dos Quilombolas de Sertânia. “É muito importante a vacinação dos povos tradicionais, especialmente pela forma de vida que eles têm. E a construção do processo de vacinação foi organizada e democrática, evidenciando as lideranças e o povo”, disse. Além da coordenadora do PNI, estiveram presentes as técnicas de enfermagem Mávia Cristiane e Amanda Freire.